sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Senta que lá vem história!!!

Bom, agora é minha vez!!! Oba!!!

Eu nasci e cresci em SP. Meu pai é de Petrolina/PE e minha mãe de SP. Fui abençoada e tive uma infância linda, brincando na casa da vó, sendo bem cuidada pela minha mãe e sempre incentivada pelo meu pai (que é meu orgulho). Tudo que ele não teve na vida quis proporcionar pra mim e pra minha irmã, Leda, que é 03 anos mais nova do que eu (faço 33!!!).

Sou formada em Marketing pela Unip e pós-graduada em Administração de MKT adivinha aonde?! FAAP! Trabalhei por 10 anos na Avon Cosméticos, na área de marketing de relacionamento (eventos internos e externos, treinamento para call center, programas de relacionamento com consumidor, etc). Tinha uma vida muito corrida, viajando direto, cheia de stress mas amava o que fazia. Me achava “a própria” executiva!
Namorava com um cara que tb trabalhava na Avon (era gerente de supply chain) e por 03 nos, fizemos planos de casar, ter filhos, fazer viagens e tal. Era o grande amor da minha vida!

Eu ganhava muito bem, o André tb e a gente tinha uma vida tranqüila. Curtíamos SP nos melhores restaurantes, finais de semana viajando, muitos amigos... Até que chegou o ano de 2005 (que mudou a minha vida!!!).

Meu pais tinham um apto em Salvador que a gente sempre vinha no Carnaval ou nas férias e meu pai começou a construir uma casa em Praia do Forte (que fica perto da Costa do Sauípe). Resumindo: eles mudaram pra Bahia, a minha irmã foi com eles e eu fiquei sozinha, no apto em SP.
Sofri demais!!! Eu e meus pais sempre fomos muito próximos e amigos e a ausência deles me machucou muito. Eu falava com eles todos os dias por telefone e chorava... sempre!
Mas não tinha coragem de largar o André e a Avon pra ir pra lá. Minha vida estava em SP! Vim pra Bahia algumas vezes pra visitá-los em feriados mas sempre era muito caro.
Lá na Avon começou um problema atrás do outro e as viagens que eu fazia, tornaram-se um lamento pra mim. Começou então o meu stress: eu tive crises de enxaqueca, problemas na lombar, fiz terapia, RPG, medicamentos diários e nada melhorava.

Claro que meu namoro com o André fico péssimo. Ele literalmente surtou e ao invés de me ajudar, piorava a situação. A gente brigava por tudo até que chegamos ao ponto em que nos agredimos. Foi o basta (apesar do amor imenso que ainda sentia por ele!).
Estando ainda em 2005, destruída e abalada, houve corte de pessoal na Avon. Claro que eu “rodei”! Foi péssimo, sabia?! Fiquei sem chão... sem meus pais, sem o André, sem meu emprego que amava... fiquei perdida!
Minha mãe foi pra SP e queria que eu viesse pra Bahia mas eu não quis. Insisti que melhoraria e que SP era minha casa.

Achei alguns empregos mas nada me agradou muito e no auge desta depressão tive a idéia de ir pra Toronto, no Canadá, fazer um curso. Lá eu poderia ver a situação de fora, “respirar novos ares” e ver que rumo eu poderia dar na minha vida.
E tenho certeza Raquel, que foi o dinheiro mais bem!
Estudei inglês, conheci o país que eu queria muito, revi todos os meus valores e metas e decidi dar um basta pra tanto sofrimento e lamentação.
Voltei renovada pro Brasil!

Final de 2005: voltei perto do Natal e resolvi vir pra Bahia ficar com meus pais e voltar pra SP no outro ano, caso nada acontecesse por aqui.

Só que tudo aconteceu e já estava programado pra mim aqui! rs

Eu conheço o Cau (Cláudio, meu “namorido”) desde 1998, qdo vinha pra Bahia curtir o carnaval. A gente sempre teve uma atração muito forte um pelo outro, tanto que em todas as vezes que eu vim pra cá, sempre rolava um climinha e uns “tours” pela Bahia.
Em 2000 ele foi pra SP fazer um curso de artes plásticas e como ele diz: “rever minha paulista”.
Ele é artista plástico, músico e faz esculturas (réplicas de animais marinhos) para a base do projeto Tamar aqui de Praia do Forte e para outras (ele tava em Noronha no começo de Novembro... chato!).
Tem um talento lindo e é meu oposto. Calmo, aquela leseira típica baiana, carinhoso... tem um olhar... Aff... Enfim...
Chegando na Bahia, nós nos reencontramos e ele me fez muito bem. A gente ria muito junto, se divertia, era uma coisa tão descontraída, tão diferente do que eu vivia com o André, que quando eu vi, estava totalmente envolvida.

Em menos de um mês aqui na Praia do Forte, consegui um emprego como administradora em uma imobiliária inglesa (que só vende imóveis pra gringo), tanto que fui pra Inglaterra a trabalho.
As coisas foram acontecendo de uma maneira tão simples e tão envolvente que eu fui ficando... e meus pais amando!
Resolvemos vender o apto de SP e trouxemos tudo de lá, inclusive meu carro.

Depois de 06 meses de namoro com o Cau, ele sugeriu que morássemos juntos. Foi pedir a “minha mão” pro meu pai e logo nos mudamos para um apto bem pequeno.
Depois, nos mudamos pra uma casa maior, resolvemos ter nosso cachorro (Kaê amado!!!) e tudo foi dando tão certo, mesmo sendo muito diferentes um do outro, foi crescendo um amor tão maduro e tão sólido que chegou o momento de termos nosso filho. Depois de 02 anos morando com o Cau, parei de tomar meu anticoncepcional.

04 meses depois sem o anti-bb, senti meus seios saltarem de 42 para 46! Uma cólica chata, uma sensação ruim (parecia que eu tava de ressaca sempre!) e conversando com uma amiga de SP por telefone, ela sugeriu que eu fizesse um teste de gravidez de farmácia. O Cau já tava desconfiado e apoiou. E eu desencanada... nunca acreditei que seria gravidez!
Só que eu estava grávida... resultado positivo no dia 03 de Junho!!!
É uma sensação única, né?! Uma mistura de felicidade, medo, ansiedade que não dá pra explicar ou mensurar. Desde então minha vida é ler sobre bebês, parto e o mais legal disso tudo é que o Cau participa muito e qdo soube que era menino, nossa... daí que ele vibrou mais ainda.
Chegou o filho pra surfar com ele!
Estou tendo uma gestação muito tranqüila. Não tive enjôos, tonturas ou problema que me deixassem de repouso. Agora que começaram alguns incômodos como pés inchados e azia.

A médica que eu ia anterior a gravidez lá em SSA não aceitava meu convênio, então achei minha obstetra muito por acaso, na lista de médicos credenciados do plano de saúde e tive muita sorte! Ela é muito profissional, muito carinhosa e parece sempre que tô batendo papo com uma amiga e não com uma obstetra. Faço meu pré-natal em Salvador e meu bebê nascerá lá (daqui pra Salvador são uns 80 km).
Uns dias antes do previsto para o Lucas nascer, vou pra Salvador e fico no apto dos meus pais.

Não tenho medo do parto. Independente de ser cesária ou normal, só quero que tudo corra bem comigo e com Lucas, mas eu tenho medo do depois: amamentação, banho, troca de fraldas, nova rotina...

Mas no fundo, eu tenho certeza de que me adaptarei muito bem a esta nova fase da minha vida! Desta vez com muito mais empolgação e amor, ao lado do meu moleque.
Não vejo a hora dele chegar! Mas já falei pra ele: só quero ele aqui em Janeiro!!! :)

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